A EXPLOSÃO DISCURSIVA DO FENÔMENO HARRY POTTER E O FUNCIONAMENTO DO PODER
Em 1997, a britânica J. K. Rowling publicou a sua obra de estreia que logo começou a despontar na lista dos mais vendidos. Posteriormente a este acontecimento somaram-se os outros seis lançamentos dos livros da série e os oito filmes produzidos pela Warner Bros. Com o fim da série de livros e de filmes, J.K. Rowling em parceria com a Sony lançou, em 2011, o projeto Pottermore, um site gratuito onde o leitor pode desfrutar de conteúdos adicionais exclusivos, executar ações características dos personagens da história e adicionar usuários como amigos em uma espécie de rede social.
O universo criado por J.K Rowling reuniu ao seu redor, durante a sua primeira década de existência, o investimento do Star System e uma geração de fãs leitores conectados virtualmente e interessados em buscar informações sobre seu objeto de afeto e compartilhá-las entre seus pares, gerando, assim, uma explosão discursiva em torno do fenômeno. Mesmo após o encerramento dos livros e filmes, há ainda uma ampla quantidade de discursos circulando em torno de Harry Potter.
O que se propõe neste trabalho é, a partir das teorias de cunho foucaultiano, entender como se articulam as relações de poder entre a indústria do entretenimento e os fãs a fim de se compreender a constituição identitária de uma dada cultura de fã e a sua importância para a franquia em questão.
Palavras-Chaves: poder, discurso, identidade, cultura de fã, internet