pesquisa

Junto ao Grupo de Pesquisa Comunica, que é um dos grupos do LABEPPE, tenho trabalhado numa perspectiva discursivo-mediológica (ou discursivo-midiológica, conforme algumas traduções brasileiras – publicações).

Em breves linhas…

Trata-se de uma abordagem dos objetos técnicos desenvolvida por Régis Debray (2000, entre outros): um mídium é um imbricamento do que se tem referido nos estudos discursivos por circulação com o que se costuma referir, mais amplamente, nos estudos da linguagem por suporte. Sem estabelecer uma relação biunívoca de noções, pode-se dizer que um mídium se define na articulação de um vetor de sensibilidade a uma matriz de sociabilidade (DEBRAY, 2000). Essas matrizes (institucionalidades fiadoras de discursos) são organização materializada (OM), ou seja, o modo como a sociedade disciplina práticas e cultiva valores produzindo sistemas de objetos técnicos. Esses vetores (dispositivos inscricionais que afetam os sentidos de um texto e eventualmente até mesmo do que é um texto) são matéria organizada (MO), os próprios objetos técnicos que resultam de lógicas de uso e impõem lógicas de uso, nem sempre coincidentes, e que convivem também com resistências ou apropriações não previstas. A metodologia consiste em conjugar OM/MO em termos diacrônicos e sincrônicos.

Duas linhas de trabalho:

Linhas de pesquisa

1) Interface análise do discurso e comunicação

– relações entre texto e discurso

– meios e materiais de produção e difusão dos textos/circulação discursiva

– ethos discursivo e processos de publicização

– fórmulas discursivas e estereótipos

2) Tópicos de editoração: escritas profissionais e processos de edição

– copidesque e revisão de textos

– mercado editorial e divisão do trabalho intelectual

– discursividades no período técnico-científico informacional

– autoria e leitura